Síndrome das Pernas Inquietas

Síndrome das Pernas Inquietas | Causas e Sintomas (2024)

Última atualização em: 27.04.2024 Tempo de leitura: 3 Min.

Se as suas noites são inquietas e acorda com uma sensação de formigueiro nas pernas, uma das causas pode ser a síndrome das pernas inquietas.

Este distúrbio neurológico pode afetar 1 em cada 10 pessoas.

Neste artigo, vamos explorar exatamente o que é esta condição, que sintomas causa e como é que pode ser tratada. 👇

Pessoa deitada na cama sem conseguir dormir, a segurar a almofada na cabeça.

O que é o síndrome das pernas inquietas?

O síndrome das pernas inquietas [1] (SPI) é um distúrbio neurológico caraterizado por sensações de desconforto esmagador nas pernas.

Esta condição crónica traduz-se numa vontade urgente e irresistível de mover os membros inferiores devido a sensações desagradáveis.

Esta condição pode interferir bastante com o nível de qualidade de vida, podendo surgir em qualquer etapa da vida.

Importa notar que algumas pessoas poderão experienciar uma sensação de inquietação nas pernas, sem que isso signifique que sofram deste síndrome.

Em cerca de 80% dos casos [2], pessoas afetadas por este síndrome terão períodos de movimento involuntário dos membros ao dormir.

Sintomas

Os sintomas deste síndrome incluem formigueiros, rigidez ou mesmo sensação de "choque elétrico" (ou dor), em casos mais severos.

Estes sintomas podem afetar apenas uma perna ou ambas, podendo ser aliviados apenas através do movimento dos membros – o que faz com que as pessoas se levantem e andem.

Aqueles afetados por síndrome das pernas inquietas sentirão os sintomas ao descansar ao final do dia, ao adormecer ou durante o sono. Isto conduz a despertares frequentes, o que afeta a qualidade do sono [3].

Pessoa deitada na cama, visivelmente cansada, a tentar dormir.
O SPI causa despertares frequentes e dificuldades em adormecer.

No entanto, os sintomas também se podem tornar evidentes em períodos de imobilidade prolongada (como, por exemplo, durante reuniões).

Quem é afetado?

O síndrome de pernas inquietas afeta cerca de um milhão, ou mais, de portugueses [4] – sendo apenas cerca de 1% da população afetada de forma grave o suficiente para requerer atenção médica.

É ligeiramente mais comum em mulheres e manifesta-se, por norma, na idade adulta.

Não se exclui a possibilidade de ocorrência desta condição em homens, crianças e adolescentes – apenas é menos provável.

Quais são as causas do síndrome das pernas inquietas?

As causas exatas deste síndrome são desconhecidas. No entanto, alguns fatores [5] aparentam ter um papel significativo no seu desenvolvimento:

  • Hereditariedade (genética);
  • Gravidez;
  • Certas doenças crónicas – deficiência de ferro, insuficiência renal, doença de Parkinson...;
  • Alguns medicamentos – antidepressivos, anti-histamínicos, anti-psicóticos...

Consequências do síndrome das pernas inquietas

O síndrome das pernas inquietas tem um impacto significativamente negativo na qualidade de sono das pessoas afetadas.

A dificuldade em adormecer e os despertares frequentes durante a noite, causados por "inquietação", muitas vezes conduzem a episódios de insónia e disrupção de sono para parceiros.

A longo prazo, isto poderá conduzir a fadiga, sonolência diurna, problemas de concentração e distúrbios de humor – como a irritabilidade e mesmo a depressão.

Pessoa sentada numa cadeira, com uma mão na cabeça, visivelmente cansado.

Adicionalmente, o SPI pode ser uma disrupção para a vida socio-profissional, em situações de imobilidade prolongada (como é o caso de reuniões, eventos, refeições em família ou viagens de longa duração).

Síndrome das pernas inquietas – Tratamento

Durante uma crise, existem alguns métodos de tratamento caseiro para o síndrome das pernas inquietas:

  • Movimentar o corpo e as pernas;
  • Espreguiçar-se;
  • Dobrar os joelhos;
  • Pisar o chão repetidamente numa posição sentada.

Uma massagem das pernas também poderá ter alguns benefícios, assim como a aplicação de sensações quentes (por exemplo, um banho de água quente).

Não existe, até ao momento, cura para o SPI.

No entanto, em alguns casos, será necessário consultar um profissional de saúde (neurologista), que lhe dará indicações de como aliviar o síndrome das pernas inquietas através da toma de medicamentos. 🩺

A monitorização regular é recomendada, para avaliar a resposta corporal à medicação neste contexto.

Perguntas Frequentes (FAQ)

  • Como curar o síndrome das pernas inquietas?


    Não existe uma cura absoluta para a síndrome das pernas inquietas (SPI), mas abordagens como mudanças no estilo de vida, medicamentos e gestão do stress podem ajudar a aliviar os sintomas e a melhorar a qualidade de vida.

    Uma consulta com um profissional de saúde pode ser muito importante para um diagnóstico exato e um tratamento adequado.

  • O síndrome das pernas inquietas é fibromialgia?


    Apesar de ambas serem condições que afetam a qualidade do sono e causam desconforto, o SPI e a fibromialgia são diferentes

    O síndrome das pernas inquietas é uma condição neurológica, caraterizada por uma vontade irresistível de movimentar as pernas, normalmente acompanhada por sensações desconfortáveis como o formigueiro ou dores.

    Estes sintomas agravam-se, por norma, durante a noite e podem interferir com o sono. 

    Por outro lado, a fibromialgia [6] é uma perturbação de dor crónica, caraterizada por dor músculo-esquelética generalizada, fadiga, perturbações de sono e sensibilidade em pontos específicos do corpo.

    Ao contrário da SPI, a fibromialgia envolve dor generalizada e não se limita às pernas. 

    💭 Existe uma ligeira convergência destas duas condições: o síndrome das pernas inquietas é um dos possíveis sintomas [7] da fibromialgia (apesar de não ser dos mais comuns). 
  • Fontes

Margarita escritora

Margarita Pshenichnaya

Escritora certificada do sono

A Margarita é uma das criadoras de conteúdo do Herói do Sono, que junta a sua paixão pela escrita ao interesse insaciável pelo impacto do sono no cérebro humano. Com isto em mente, testa produtos e procura manter-se sempre a par das investigações mais recentes relacionadas com o sono, permitindo-lhe partilhar a informação mais fidedigna. 💡

Pode entrar em contacto com a Margarita através do e-mail margarita@airi.media, ou LinkedIn. 📩

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